2019- CICLOVIAGEM TURQUIA




Depois de 3 meses (01 maio a 02 de agosto de 2019concluímos a eurovelo 6, fizemos  4.900 km desde Nantes na França até Constanta na Romênia , essa história pode ser  vista aqui :
⏩etapa1
⏩etapa 2
⏩etapa 3


etapa Eurovelo6


No projeto original voltaríamos para casa, porém  considerando que não havíamos comprado a passagem de volta resolvemos continuar o pedal indo para a Turquia ( 03 de agosto a 05 de setembro de 2019).


Turquia.

A Turquia, é um país euro - asiático que ocupa toda a península da Anatólia, faz fronteira com oito países  além do mar Mediterrâneo e o Chipre ao  sul, o mar Egeu a sudoeste-oeste e o mar Negro a norte. O mar de Mármara, o Bósforo e o Dardanelos (que juntos formam os Estreitos Turcos) demarcam a fronteira entre a Trácia e a Anatólia e separam a Europa da Ásia.

império otomano em 1600
Tem destaque especial na história por ser onde se consolidou a hegemonia do Império Otomano no século XIII , atingindo seu apogeu nos séculos XVI e XVII, quando foi uma das maiores potências mundiais.

 O Império Otomano terminou oficialmente em 1 de novembro de 1922, culminando na oficialização da República da Turquia,  proclamada em 29 de outubro de 1923.

Hoje a Turquia é  uma república unitária presidencialista ,sua Capital é Ancara  e apesar de não ter uma religião oficial a constituição consagra a liberdade religiosa. O  Islão é a religião dominante no país em número de seguidores , 97% a 98%  da população é muçulmana "praticante". ( Censo 2012   -  75.627.384 hab.) A moeda oficial é a lira turca , equivalente a 0.70 do real .


A Partida


Ainda na Romênia, ficamos dois dias em Constanta  e aproveitamos para ver como seria a viagem pela Turquia. Rabiscamos um roteiro de 30 dias, tendo como ponto de partida Istambul e finalizando na Capadócia.
De Constanta a Istambul foram  aproximadamente 650km ,  percorridos de Onibus  na noite e madrugada  dos dias 02 e 03  de agosto.
Foram quase 12 horas de viagem para chegarmos as 7:00 da manhã em Istambul .
Constanta a Istambul
(utilizamos um ônibus da companhia  Condor , o preço da passagem foi de 100 leus ( 21 euros)  por  pessoa  e as bikes  foram embarcadas  sem custo e sem embalagem , apenas removemos a roda dianteira) .


Istambul

Nossa primeira impressão sobre Istambul foi das melhores, uma mega cidade, muitos prédios altos e modernos, além de  avenidas expressas por todos os lados até chegarmos no centro  velho onde  o panorama mudou e pegarmos um grande congestionamento  até chegar na pequena  rodoviária  localizada  há 2 km do hostel ..
hostel em istambul
Pegamos nossas Bikes e seguimos por entre ruas estreitas, cheias de comércios ainda adormecidos  devido o horário,  mas que já nos mostraram que  estávamos no olho do furacão,um local privilegiado para nós turistas. 
Chegando no Hostel, deixamos as bikes e malas e saímos para fazer turismo em Istambul.

Istambul , é a maior cidade da Turquia e a quarta maior do mundo.  A grande maioria da população é muçulmana. Foi denominada  Constantinopla de 330 até 1453 D.c quando foi conquistada por Maomé II marcando o reconhecimento do Estado Otomano como império pela primeira vez.  
Durante o período otomano os turcos chamavam-na de Istambul, nome oficialmente adotado em 28 de março de 1930. Foi a capital do Império Romano do Oriente e do Império Otomano até 1923.
Atualmente, embora a capital do país seja Ancara, Istambul continua a ser o principal polo industrial. A cidade ocupa ambas as margens do Estreito de Bosforo e do norte do Mar de Mármara, os quais separam a Ásia da Europa no sentido norte-sul, uma situação que faz de Istambul a única cidade que ocupa dois continentes.
Dada a enorme riqueza monumental, cultural e paisagística de Istambul, é difícil selecionar quais são os pontos turísticos mais indicados, assim deixaremos aqui  uma singela sugestão baseado naquilo que nos foi possível visitar em dois dias.





Inicialmente temos a área de Sultanahmet, que é o centro histórico onde encontram-se  as famosas Mesquita_Azul e a Basilica de Santa Sofia . Numa das extremidades encontra-se a mais impressionante das muitas cisternas bizantinas da cidade, a Cisterna da Basilica, cujo nome em turco denuncia a sua grandeza: Yerebatan Sarayı (Palácio Subterrâneo).

mesquita azul

mesquita santa sophia

cisternas da basilica

Atrás de Santa Sofia encontra-se o vasto Palácio Topkapi, a sede do poder otomano durante quase quatro séculos. Além da arquitetura, o palácio tem diversas exposições museológicas de grande valor, jardins e vistas privilegiadas sobre toda cidade, como o Corno de Ouro, o Estreito de Bosforo e o Mar de Mármara. O palácio é parcialmente rodeado pelo Parque Gülhane, onde também se encontram os Museus Arqueológicos de Istambul.

palácio topkapi

palácio topkapi

Estreito de Bóforo
Dentre as diversas atrações uma delas sempre acaba estando na lista, é o passeio de barco pelo Estreito de Bosforo , existem diversas opções de passeios, nós optamos por um mais simples de apenas duas horas, (5 euros por pessoa) mas que foi o suficiente para termos uma visão dos diversos palácios e mesquitas ao longo do caminho. Neste passeio primeiro entramos no Corno de Ouro que é um braço de mar que separa Istambul Moderna da Istambul Histórica, ainda no lado ocidental e depois avançamos no Estreito de Bosforo sentido Mar Negro onde avistamos belos castelos e mesquitas ao longo do trajeto.



estreito de Bósforo

estreito de Bósforo


Imperdível também é o passeio no Grand Bazaar ,que é um dos maiores e mais antigos mercados cobertos do mundo, com 61 ruas cobertas e mais de 4.000 lojas . Um delírio para quem gosta de fazer compras, além de aproximar nos muito das tradições e costumes locais. 






A Cicloviagem


Como já mencionamos acima, nosso plano foi traçado observando os pontos de interesse cultural e paisagístico mais acessíveis para um período de 30 dias de viagem e aproveitamos as experiências e dicas  dos e amigos Thiago e Flavia do 2fortrips e do Olinto e Rafaela do projeto de cicloturismo  olinto.com.br que já haviam viajado pela  Turquia.

Bandirma

Saindo do Porto Yenikapi, em Istambul, atravessamos o mar de Marmara até chegarmos  em   Bandirma , já no continente Asiático.  Foram 2,5 horas  de navegação  em uma embarcação  muito confortável . ( a passagem custou  90 liras /pp {14 euros}) sem custo adicional para as bikes, que seguiram montadas no mesmo local onde ficam os carros)




Travessia Mar de Marmara
Denizkent

Saímos de Bandirma sentido oeste margeando o Mar de Marmara  com destino a  Denizkent. 
Logo de saída encaramos uma boa subida pedalando por um Bairro periférico até alcançarmos a estrada . Após uns 17 km chegamos em uma pequena vila, Bezirci , tivemos nossa primeira experiência com a generosidade do povo Turco. 
Paramos em uma venda a procura de gaz para nosso fogareiro, e foi o primeiro contato com um Turco que só falava seu idioma. Usei o Google tradutor para a comunicação e consegui saber que não seria tão simples achar o gaz que procurávamos. O Turco entendeu nosso problema e ofereceu-me pães caseiros, como cortesia,  para suprir nossa necessidade de alimentação.Ficamos muito gratos e seguimos uns duzentos metros e paramos em uma calçada com bastante sombra e lá começamos a lanchar. Eis que , do nada aparece uma família portando uma bela bandeja com dois copos de chá e nos ofereceram com muita simpatia. Foi muito emocionante receber uma oferta de alimentos assim sem mais nem menos. Um dos filhos do casal arranhava no inglês então conseguimos nos comunicar trocando informações e criando nosso primeiro vinculo com as pessoas da turquia . Não imaginávamos que este tipo de recepção seria uma constante em nossa cicloviagem.





Seguimos pela estrada principal um pouco distante das praias em um caminho cuja beleza se impunha através dos campos e colinas que avistávamos.  






Depois de 47 km pedalados, desde Bandirma, encontramos uma  grande área descampada frente ao mar , e exatamente no ponto que estava  demarcado no GPS a existência de um Camping, encontramos  uma pequena cabine com um toalete público que além de bem precário estava fechado. Acreditamos que ali era o local destinado para acampamentos, porém nada nos agradou e resolvemos buscar outra alternativa. 



A poucos metros encontramos um bar de praia, paramos e nos acomodamos em uma mesinha para descansar e tomar uma cerveja. Lá mesmo fomos informados que mais a frente encontraríamos um hotel, o que nos tranquilizou.


 E assim foi, depois do descanso seguimos e lá estava o Motel & Café Denizkent, aparentemente  tudo bem, as acomodações não eram das melhores mas com certeza melhor que a área de Camping vista atrás. Nos instalamos e em seguida saímos para contemplar a praia e jantar. Ao anoitecer retornamos e descobrimos que o quarto estava repleto de pernilongos o que exigiu uma ação especial  para elimina-los, tivemos que utilizar um ventilador ,  um spray de desodorante como inseticida e muitas toalhadas para exterminar a colônia de pernilongos.   Depois de muita luta conseguimos adormecer.







Há de se registrar que quando vistamos Istambul a interação com o povo  foi de forma muito superficial,visto que a maioria dos lugares estava repleta de turistas e não pessoas locais. Diferentemente, ao ingressarmos em territórios menos turísticos começamos a conhecer um povo amável e solidário de forma jamais vista por nós . Percebemos que o principal elo de ligação nosso com os Turcos acabou sendo o Chá. 
Çai como se diz em Turco, esteve presente ao longo de nossa cicloviagem , tivemos diversas situações que fomos parados e nos foi oferecido o Çai, um ritual que aproxima as pessoas e demonstra um  sinal de boas vindas.


Çardak

A viagem continua, uma belíssima estrada  cortando a encosta saindo do litoral em um trecho de quase 60 km até retornarmos e percorrermos mais  22 km até Çardak  com ótima vista para o Mar de Marmara . 
Foi nesse trecho que completamos 5.000 km de cicloviagem ,depois de três meses desde de Nantes na  França. 









Çanakkale / Tróia

De Çardak fomos para Çanakkale , que fica a beira do  Estreito de Dardanelos
e serve como ponto de partida para quem quer visitar as ruinas de Abino da Mísia e as ruinas deTróia . 
Ficamos hospedados na Pansiyion Abidos por indicação de uns ciclistas. Aproveitamos bastante o tempo e pudemos passear e desfrutar da cidade que é muito acolhedora com diversas opções de restaurantes e bares . Ainda aqui há uma réplica do cavalo de tróia e uma maquete com ilustrações que mostram as 10 as fazes da cidade de tróia .





De Çanacale seguimos por estradas vicinais contempladas com ciclovia em quase todo o trajeto de 31km até Tevfikiye  onde se encontram as  Rúinas de Tróia(é uma cidade lendária, onde ocorreu a célebre Guerra de Troia, descrita na Ilíada, um dos poemas atribuídos a Homero.)






Chegando em Tróia avista-se um imponente prédio moderno que abriga o Museu de Tróia
nomeado para o Premio do Museu Europeu do ano de 2020 pelo Fórum de Museus Europeus. Acabamos deixando de visitar o museu e nos concentramos apenas em visitar o sítio Arqueológico que contem as Ruínas das diversas fazes de existência da cidade. O passeio é auto guiado existem diversas placas que identificam as ruínas e sua época de construção satisfazendo as expectativas sobre Tróia  ( ingresso 42 liras pp {6,3 euros})








Ezine 

Terminamos a visita e seguimos até Ezine , uma pequena cidade onde também tivemos excelente recepção . O interessante é que ao pedir informação eles sempre se dispõe a ajudar intensivamente, como ocorreu aqui. No hotel perguntamos onde ficava o mercado, e prontamente o dono colocou um garoto para nos guiar até o mercado, em seguida no mercado perguntamos onde encontraríamos uma frutaria, e prontamente uma garota nos guiou até a frutaria , e assim uma cadeia de gentilezas vai se encaixando em todos os nossos momentos de viagem, fazendo que a interação seja muito próxima e agradável , dando nos um conforto e tranquilidade sem igual.




Ayvacik

Saindo de Enzine , após uns 21 km , em Ayvacik , resolvemos fazer um caminho alternativo, que apesar de ser mais longo nos levaria mais rápido até o Mar. Seguindo o GPS entramos em uma estrada vicinal e após uns 10 km chegamos em Kayalar, um pequeno povoado. Acontece que neste ponto a rota do GPS nos enganou e fomos em direção a um beco sem saída. Chegamos a beira de um precipício que não tinha como seguirmos em frente. Bateu um desespero, pois haviamos despencado pelo menos 2 km em um rua com angulo minimo de 45 graus, seria um perrengue voltarmos tudo aquilo.


fim da estrada - um abismo



Retornamos empurrando as Bikes por uns duzentos metros até um comércio local, e lá fui me informar e tentar entender o que havia acontecido. Para variar, fomos recebidos de braços abertos, e ainda fomos presenteados com bolinhos de chuva que estavam sendo feitos naquela hora. Neste momento tivemos um susto, uma pessoa não nos entendeu e disse que teríamos que voltar até a estrada principal , insistimos até que apareceu a salvadora, uma senhora simpática nos guiou até o ponto que pudemos entender o caminho e rapidamente chegamos na estrada que nos levou até o mar.




Küçukkuyu / Altimoluk


Foram apenas 2 kms até alcançarmos o Litoral , agora em águas do Mar Egeu . ( localização mapa abaixo )
De início ficamos decepcionados com o caminho, pois há uma faixa de terra privada com muitas casas, restaurantes e campings entre a praia e a estrada, não sendo possível o aceso ao mar. Assim foram 12 km até chegarmos em Küçukkuyu , onde retomamos a estrada principal para chegar em  Altimoluk.  Agora o visual começa a melhorar e chegando na pequena cidade ficamos bem instalados e pudemos desfrutar da bela paisagem e da praia .








Não podemos deixar de mencionar as diversas mesquitas que encontramos em todo o caminho, basicamente em toda localidade existe uma, e foram inúmeras as vezes que ouvimos o som dos chamamentos para as preces que são realizadas cinco vezes ao dia . Essa é uma prática dos seguidores do Islão ,e como já vimos 97% da população da turquia segue o Islamismo. O chamamento deve ser feito pessoalmente , o Almuadem  é o encarregado de faze-lo, e consiste em proferir uma determinada frase, padrão,  de forma melódica.


Dentre os hábitos e tradições dos turcos, destacamos a comida, que de uma forma geral nos agradou e que apesar da simplicidade as opções tem ótimo custo benefício.
A cafta e a pimenta sempre estão presentes, e geralmente o yogurte é o acompanhamento. . 


Ayvalik / Küçokköy


De Altimoluk até Küçokkoy foram 75km. Na verdade não pensávamos em pedalar tanto, porém quando chegamos em Ayvalik , onde pretendíamos ficar, deparamos com uma cidade muito complicada e turística demais, As ruas parecem um labirinto, são pequenas vielas e as hospedagens precárias e muito caras. Depois de um bom tempo procurando um lugar para ficar , resolvemos seguir viagem até a próxima localidade, fomos pela margem da praia e pudemos curtir um belo visual até chegarmos em uma vila menos movimentada e com um bom hotel, onde nos instalamos e depois ainda fomos a praia.





Dikili

Partimos antes das 7 horas em uma estrada tranquila e depois de 30 km chegamos em Dikili onde paramos a beira da praia para fazer um lanche .


Dikili

Depois de um breve descanso nos preparamos para sair e nos deparamos com um velho problema, os Espinhos ,  já enfrentados anteriormente na etapa 3 da cicloviagem ,e agora foram nossos companheiros pelo resto da cicloviagem.
Ali mesmo achamos de dois a três em cada pneu. Antes de remover os espinhos enchemos os pneus e fomos empurrando as bicicletas até um posto próximo dali para fazer os consertos. 
Foi mais de mais de uma hora até concluir todos os reparos , e durante esse tempo tivemos a companhia do Mustafá que apareceu ali logo que chegamos . Muito simpático colocou-se a disposição para nos ajudar, dando auxilio e força moral. Serviu-nos Çai, arrumou balde com água e se prontificou a buscar câmeras novas em uma bicicletária. Tivemos ali mais uma amostra da gentileza e generosidade dos turcos.


Mustafa auxilio na troca de pneus


Yenisakran / Aliaga

O dia foi um pouco complicado, o atraso devido os reparos nos colocou em transito em horário de forte sol aliados as varias subidas que enfrentamos , passando por diversas vilas até que depois de 38 km chegarmos em Yenisakran onde pretendíamos ficar. Um lugar de muitos turistas e condomínios a beira mar e sem opções de hospedagens baratas , o que nos fez seguir mais 13 km até Aliaga onde encontramos um excelente hotel a um preço justo. (220 liras {33,4 euros}). Tivemos um excelente fim de tarde em pudemos descansar e curtir uma das cervejas mais caras que tomei na turquia (25 liras {3,8 eurtos})





hotel em Aliaga


Aliaga


Estamos no dia 11 de agosto , data marcada pelo inicio da  Festa do Sacrifício que é um festival muçulmano com duração de quatro dias,celebrado pelos muçulmanos de todo o planeta.  Em razão destas festividades presenciamos diversas famílias reunidas realizando o ritual do sacrifício de um animal , que é realizado em memória da disposição do profeta Ibrahim (Abraão) em sacrificar o seu filho Ismael conforme a vontade de Deus. 




Izmir(Esmira)

Seguindo viagem, um dia tranquilo que vencemos 61 km rapidamente chegando em Izmir(Esmira) por volta do meio dia. Por ser feriado tivemos facilitada nossa entrada na cidade grande, parecia domingo, sem transito e tudo fechado exceto restaurantes e bares de praia, eram muitas as opções. Depois de um cochilo da tarde, saímos e fomos visitar as Ruínas de Izmir Agora , andamos quase três quilômetros até a entrada  do sítio .


Ruinas de Izmir Agora






Foi bem interessante a visita nas Ruínas, mas foi a caminhada nossa maior experiência , passamos por praças e ruelas de um bairro de periferia onde os costumes diferem um pouco do padrão que vivemos. Vimos uma simplicidade regada de alegria, as pessoas,  geralmente famílias inteiras sentadas em esteiras e reunidas ao ar livre desfrutando aquilo que a vida lhes oferece naquele momento.





Konak /  Güzelbahçe

Estávamos prontos para seguir viagem quando passamos no porto de Konak (Izmir) e vimos que havia uma embarcação que fazia transporte público gratuito para Güzelbahçe, que estava em nossa rota, aproveitamos a deixa e resolvemos passear de barco, foram uns 22 km de navegação pelo golfo do Mar Egeu que serviu mais para fazermos umas amizades do que para apreciar o visual. Na hora de embarcar conhecemos uns turcos e fomos a viagem toda conversando e aprendendo um pouco sobre a turquia.

porto Konak





Diversos assuntos, entre eles Politica que despertou a curiosidade sobre a imagem do o  ex-presidente Atatürk , homem mais venerado na turquia, visto como principal politico dos tempos modernos tendo implementado amplas reformas em diversos aspectos econômicos e sócio-culturais, cujos resultados vieram a formar a espinha dorsal das estruturas legislativas, judiciárias e econômicas da nova república.



Ürkmez

Depois que desembarcamos, logo deixamos o litoral para fazer corte na península e chegar do outro lado onde o Mar Egeu da espaço ao pequeno Mar Icário.
Encaramos diversas subidas que nos renderam belas paisagens até chegamos em Ürkmez .






Ürkmez é uma pequena cidade litorânea repleta de casas de veraneio e prédios baixos, espremidos em uma faixa de terra entre a areia do mar e a estrada. Avistamos um camping mas sem condições de ficar, era muito ruim e preferimos buscar um hotel. Só encontramos um a beira da estrada que elegemos o pior da viagem.
Apesar de tudo nos instalamos e saímos para comer alguma coisa e dar uma volta na praia que também nada agradou devido a enorme quantidade de pessoas amontoadas em uma sujeira sem igual.

O que teve de interessante foi quando vimos uma fila de pessoas pegando bolinhos , tipo bolinho de chuva, que estavam sendo fritos e entregues em sacos e bacias a todos que ali passavam. Entrei na fila pensando em comprar , até que fui informado que não  estavam a venda pois tratava-se de uma oferta sendo feita por aqueles senhores. Assim descobrimos mais essa tradição que se aplica aos costumes turcos em especial nesse feriado .












Falando em comida, um prato que fez parte do nosso cardápio foi o Pide , para nós como se fosse uma esfirra de carne aberta bem grande. Para quem aprecia é uma super  opção pois além de ser muito bom é uma das refeições mais baratas que se pode fazer e se dar por satisfeito. 



veja como se prepara um pide ↘
                                                          ⏩Pide 




Selcuk /  Efes

Partimos de Ürkmez pensando que faríamos um pedal a beira mar, porém foi uma decepção pois basicamente seguimos por uma via paralela da praia sem muitas vistas devido as edificações. Só depois de uns 30 km  entramos em um pequeno trecho sinuoso contornando o  litoral com vistas privilegiadas e logo seguimos para o leste para Selçuk, deixando o litoral rumo a  Capadócia






Selçuk é um dos destinos turísticos mais visitados da Turquia, conhecida por sua proximidade à cidade antiga de Éfeso e a Casa da Virgem Maria.
As ruínas de Éfeso são uma atração turística internacional e local, A cidade era famosa pelo Templo de Ártemis (terminado ao redor 550 a.C.), uma das sete maravilhas do mundo antigo. Entre muitos outros edifícios monumentais estão a Biblioteca de Celso e um teatro capaz de abrigar cerca de 25.000 espectadores.








Aydin

Depois de um dia intenso, visitando os diversos pontos turísticos de Selçuk, pegamos estrada com destino a Aydin. Foram 50 km de muitas subidas e estrada ruim não animando muito a pedalada até chegarmos no destino. 










Ainda não estava bem definido  qual seria  nossa rota e  data final da viagem , e isto nos fez pensar na possibilidade de adiantar o trecho de 134 km até Pamukkale  pegando um trem ou ônibus. Chegamos em Aydin e fomos direto para a ferroviária e tivemos a triste notícia que não seria possível embarcar as bicicletas. A situação era inusitada para os atendentes e guardas da estação, tanto que foi necessário uma pequena conferencia entre eles até decidirem que não era permitido levar bicicleta no trem. Saímos frustrados e fomos em busca de uma hospedagem. Nos instalamos em um hotel simples  bem no centro e aproveitamos o nosso tempo para conhecer a cidade que entre os atrativos tinha uma enorme feira coberta , tipo o bazar de istambul .






Em toda a viagem, foram diversos o locais que apreciamos os diversos tipos de doces, mas foi aqui que experimentamos alguns inesquecíveis, sem parâmetro de comparação aos similares que temos no brasil .







Nazilli /  Horsunhu

Como não conseguimos seguir de trem nos restou pegar a estrada, pedalamos 42 km em uma puxada só e chegamos em Nazillil por volta das 10:00 hs. . Ainda tínhamos muito tempo e seguimos mais 20 km até Horsunhu aonde teoricamente ficaríamos em um hotel. Saímos da estrada entrando no bairro a procura do hotel localizado no mapa do MapsMe porém não encontramos. Perguntamos em uma venda e fomos informados que naquela cidade não haviam hospedagens .







Eram quase meio dia, o sol estava rachando e teríamos que seguir viagem por mais uns 30 km . Tomamos o rumo da estrada  e ainda no bairro surge um pneu furado , aí paramos em frente a uma farmácia que continha uma boa calçada sombreada onde comecei a fazer o reparo. Inesperadamente surge um casal, nos oferece duas cadeiras , dois refrigerantes e perguntam se precisamos mais ajuda.Vejam só, mais uma vez os turcos demonstrando solidariedade e ajudando o próximo, uma experiência que vivemos e que com certeza contribui em muito para nosso crescimento e conhecimento. 




Burharkent

Quando terminamos o conserto seguimos com destino a Buharkent onde supostamente teria um hotel. Chegamos em Burharkent já com quase 90 quilometros de pedal e descobrimos que ainda faltavam uns 8 km para o hotel mais próximo.



E assim foi, seguimos e deparamos com o hotel SPA Thermas. Quando vimos o nome logo já assustamos prevendo que seria um valor muito fora do padrão. Para surpresa nossa, eram apenas 180 liras {27,3 euros} um valor super razoável pelo padrão do hotel.
Chegando , pudemos ainda desfrutar da piscina que ficou exclusiva pará nós e um garoto que nos fez companhia. Fato interessante é que o garoto ,só falava turco , tentou nos dizer que aquela piscina era apenas para homens, e que a Regina deveria ir em outra. Nós até achamos que ele tentava explicar isso, mas demos uma de desentendidos e ficamos ali mesmo. Ao sairmos questionamos uma das funcionárias e ela confirmou o que o garoto dizia, mas que tudo bem pois não haviam outros hospedes na piscina.






No dia seguinte, estávamos bem descansados e para ajudar começou a saga dos pneus furados. Já tínhamos tido muitos furos durante a viagem, mas daqui para frente a coisa piorou, e todo dia pela manhã encontrávamos os pneus murchos, e tornou-se rotina fazer reparos.



Akköy

Após os consertos , pegamos estrada e seguimos apreensivos pois não tínhamos mais câmeras reserva e tão pouco reparos para furos. Só conseguimos encontrar uma bicicletaria em Akköy depois de uns 30 km de pedal. Mais uma vez tivemos um super atendimento, fomos tratados com pessoas ilustres, nem parece que somos apenas viajantes. 






Karahaytit 

Quase chegando e nosso destino, fizemos um desvio pegando uma bela ciclovia para  Karahaytit para conhecer a " red water ". Conhecida pela existência de águas minerais quentes e vermelhas , cheias de ferro e cálcio, abriga diversos hotéis cinco estrelas que oferecem piscinas termais com diversão garantida .









Hierápolis /  Pumakkale

Na sequencia pedalamos três quilômetros por ciclovia e chegamos na entrada das Ruínas de Hierápolis . Pegamos informações na portaria e concluímos que seria melhor fazer a visita no dia seguinte , seguimos então para  Pamukkale , que estava a 5 km. 






Pamukkale é uma pequena vila que abriga diversos hotéis e pousadas e fica ao pé da uma enorme montanha de calcário conhecida como Castelo de Algodão , sendo considerado patrimônio da humanidade reconhecido pela UNESCO. (⏩sobre pamukkale )

Chegamos em Pamukkale e ficamos no Hotel Goreme bem próximo da entrada principal do Parque Natural de Pamukkale, e lá obtivermos informações importantes sobre os passeios que poderíamos fazer .

Na manhã seguinte , pegamos um micro ônibus de linha que nos levou na portaria principal para acessar as Ruínas de Hierápolis, a mesma que estivemos no dia anterior. Compramos os ingressos, 60 liras pp {9,1 euros}, que da direito as visitação nas Ruinas  e nas piscinas termais do parque . O interessante foi chegar cedo, pois haviam poucos turistas o que  dá mais liberdade até para obter boas fotos. 

Percorremos todo o sitio sem pressa e depois seguimos para as piscinas que estão na rota da saída/entrada oposta a que utilizamos e assim cruzamos o parque e chegamos na base da montanha já próximo ao nosso hotel.





















Ürkmez a Pamukkale
Aqui conhecemos um casal de brasileiros que estavam fazendo um tour pela Turquia, e foi bem interessante pois já faziam mais de três meses que não conversávamos com brasileiros. 
Diego e Morgana (Porto Alegre - BR)


Ainda estávamos estudando a melhor rota para chegarmos em Goreme na Capadócia , visto que haveria possibilidade se seguirmos um caminho sem passar pela cidade de  Denizli evitando uma grande área urbana. Porém sabíamos que o caminho inicialmente pensado seria mais atrativo devido as montanhas e paisagens que guardava.

Planejando a viagem 

786 km   pedalados até aqui na Turquia

Praticamente chegamos na metade da viagem na turquia, e só aqui  já  foram 16 dias  com 786 quilômetros percorridos  , perfazendo o total de 5.686 km desde o início da cicloviagem em Nantes na França.

17º dia 
Começamos o 17º dia bem cedo e  logo de início um visual de encher os olhos , o sol refletindo na imensa montanha branca decorada com diversos balões exalta ainda mais nosso prazer em cicloviajar .





Denizli


Inicialmente um pedal super tranquilo, em uma estrada com bom acostamento. Após uns de 10 km conhecemos um ciclista que nos acompanhou por cerca de 2 km até surgir o entroncamento com rodovia D320 .



Neste ponto tivemos aquele momento de dúvida de qual melhor caminho devemos seguir. Era aqui justamento a nossa duvida quando estávamos decidindo como chegar em Goreme na Capadócia, então ciclista a principio nos indicou o caminho pela D320 dizendo ser mais fácil por ser mais plano pois evitaríamos as montanhas. Porém a teimosia nos levou a seguir em frente, decisão que no primeiro momento nos deixo frustrados porque foram mais de 20 km só atravessando a grande cidade de Denizli  em uma pista super movimentada. 
Assim que foi terminando o perímetro urbano começou a grande subida de uns 15 km com e uma elevação acumulada de 1340 mts . 





Serinhisar 

Foi um sufoco ,mas que valeu muito, pois ao chegar no topo da montanha o premio é o lindo visual e uma decida de 5k até chegarmos em Serinhisar onde ficamos em um hotel muito interessante, uma réplica de castelo com boas acomodações.







Karahöyuk  /  Yesilova


Seguimos viagem com destino a Yesilova , mas estávamos ansiosos para chegar em Karahüyük. Depois de 20 quilometro lá estava a pequena Cidade Natal do ciclista que havíamos encontrado no dia anterior. Não guardamos o nome dele, mas ele além das dicas sobre o caminho, nos alertou sobre uma famosa padaria que existia em sua cidade natal e que não podíamos deixar de experimentar os pães lá produzidos.
Assim foi, a cidade a beira da estrada não dava sinais de que acharíamos a tal padaria, eis que ao pararmos em um farol perguntei para um cidadão se ele conhecia o que procurávamos. Sim , muito simpático ele veio até nós e indicou do outro lado da rua uma pequena porta com pouca visibilidade mas que logo justificou a fama pois ao nos aproximarmos o cheiro pudemos sentir um aroma delicioso que aguçou nossa papilas.
Os pães ainda estavam assando e precisamos esperar uns 10 minutos, nesse tempo ficamos conversando com o senhor que nos ajudou e um amigo. Então veio a surpresa, assim que os pães foram saindo, ele fez sua encomenda e adicionou uma segundo pedido e nos presenteou com dois maravilhosos pães que ali mesmo nós os devoramos. Antes de partimos resolvemos comprar mais  para levar de lanche , eis que novamente fomos surpreendidos pois não aceitaram o pagamento e fomos presenteados novamente.






A viagem segue e hoje com muito visual bonito e surpresas no caminho. 
Pessoas simpáticas todo o tempo, mais uma abordagem que nos deixou perplexos, foi quando um senhor passou por nós , parou seu carro nos chamou oferecendo uvas. Fez questão de nos presentear com vários cachos de uva tiradas de sua própria plantação.




Logo em seguida veio uma enorme subida, uns 10 km, e ao final uma maravilhosa vista do Lago Salda, que é um lago de cratera sendo um dos lagos mais profundos da Turquia. O lago é um ponto de excursão popular para pessoas de toda a região, principalmente devido ao mineral de hidromagnesita encontrado em suas águas . As praias de de areia branca, água límpida e ilhotas de cristal branco dentro do lago completam o cenário.


vista Lago Salda



Começamos uma loga descida e ao final uma bifurcação poderia nos levar até o vilarejo de Salda, porém seguimos nosso caminho em direção a Yesilova, e mais a frete tivemos acesso a um parque ⏩.parki  que  fica as margens do lago onde fizemos um longa pausa para o almoço. Aqui tinha a opção para acampar, porém como todos os campings vistos até agora na turquia, esse também era muito ruim e preferimos seguir em frente.








Depois do descanso, seguimos uns 7 km e antes mesmo de chegarmos em Yesilova encontramos uma pensão simples de estrada  e lá ficamos. Tivemos oportunidade de conhecer e saborear uma comida tipica sedo preparada pela matriarca, o Gözleme ,  e ainda poder acompanhar o ritual da refeição familiar feita entre os donos da pensão e seus próximos.



produzindo o Gözleme

Começamos o dia já tendo que encher pneu. Umas bombadas e seguimos por 3 km até Yesilova onde paramos em posto para fazer o conserto. Aqui estranhamos o atendimento do Frentista que no primeiro momento não nos deu muita atenção. Ocorre que ele ainda estava abrindo o posto quando chegamos mas assim que ele cumpriu com suas obrigações veio  até nós ofereceu ajuda e Nescafé , primeira vez que não foi o Çay. 




Começa o pedal em uma ótima estrada  com um visual agradável de montanhas no horizonte  e logo avistamos o Lago Yarisli que no primeiro momento achamos ser um lago cinza, mas logo ficamos sabendo que na verdade era um lago seco, o que estávamos vendo eram os sedimentos de granito depositados no fundo do lago , seco pela falta de chuvas.






Burdur  até  Sarkikaraagaf 


Passamos por BurdurIsparta  , Egirdir e Sarkikaaragaç percorrendo boas distâncias diariamente, chegando ao fim de todos os dias com uma boa  opção de hospedagem sem necessidade de acamparmos.


A seguir algumas fotos desse trecho de viagem retratando alguns acontecimentos



este senhor nos acolheu em seu restaurante e ofereceu-nos alem do Çay  mesa e cadeiras para podermos lanchar


vista das montanhas e a extração do calcário 



uma usina de extração de calcário 





Na saída de Isparta encontro  com a Colombiana  Isabela




Egirdir

Chegando em Egirdir uma maganifica vista do grande Lago Egirdir que faz parte da Região dos Lagos Turcos   sendo o segundo maior de água doce da Turquia. 


vista de Egirdir


egirdir


Em Egirdir , conseguimos alugar por uma noite um pequeno apartamento que pudemos compartilhar com a amiga Colombiana. . O Sr Osmã , nosso anfitrião , me conduziu de carro até o supermercado e até a feira livre onde pude fazer as compras e curtir um pouco da cidade tendo um contato  mais direto com os feirantes amigos do Osmã. Retribuímos oferecendo um jantar para ele  e sua irmã. 
Foi incrível, conseguimos nos comunicar usando o Google tradutor por longas horas,  acrescentando mais experiencia em nossa cicloviagem. 
comida tipica= beringela desidratada ao sol

comida tipica- pimentas desidratadas ao sol

jantar preparado no  quarto da pensão

oferecemos o jantar para o Oman


saindo de egirdir - longa subida



no posto - alem de usarmos mesas e cadeiras o o garoto Dogãn Bahar , nos ofereceu biscoitos e suco 

pedalando com muito vento contra

Sarkikaraagaf

chegamos em Sarkikaraagaf, e o único hotel era o Korkusuz,  que a principio descartamos devido o odor de cigarro nos corredores. Saímos em busca de outra alternativa mas não encontramos , então voltamos e nos hospedamos neste mesmo.

hotel em sarkikaraagaf
Nossa amiga Isabel acordou com mau estar e preferiu não seguir a viagem , preferiu tirar um dia de folga.Assim seguimos sem ela e não sabemos se um dia voltaremos a nos ver, mas guardaremos na lembrança os bons momentos dos dois dias de pedal. 


Yenidogan / Posto de gasolina

Saímos de  Sarkikaraagaf  com um desafio,  pois não haviam indícios de encontrarmos com facilidade um local para dormir ,começamos  em um pedal tranquilo por 7 km, mas depois a subida predominou por uns 30 km. O visual era bonito, e as plantações de morango ao pé da estrada aguçaram a vontade e paramos para saborear a fruta aparentemente sem agrotóxicos. 






plantação de morango



Paramos para um breve lanche e seguimos mais 23 km até chegar em Yenidogan, um vilarejo que que estava bem abaixo do nível da estrada, fazendo nos descer mais de um quilometro até encontrarmos um centrinho. Lá não encontramos nada alem de uma padaria que fornecia refeições não muito variada, só  Pide feito na hora. Almoçamos um pide cada um e pedimos para fazer um para viagem isso porque fomos informados que não existiam outras opções no local e também não haviam hospedagens. 



Saímos contando que encontraríamos alguma opção, mas só conseguimos a atenção de uma família que tentou nos ajudar Fomos presenteados com vários pães e pimentas doces pepinos e outros legumes. Todos ficaram encantados com  nossa viagem e só faltou nos acolherem para suas casas.





Seguimos mais 17 km e encontramos um restaurante de posto de gasolina e lá foi a esperança de encontrar uma hospedagem. Bem dos males o menor, conseguimos uma boa área para acampar com banheiros e chuveiro disponíveis.  La nos instalamos depois de um dia bem difícil, fizemos uma janta básica e logo fomos deitar.


posto gasolina e restaurante 





Pamukkale a Yenidogan ( Posto )


Konya

Ao amanhecer já estávamos acordados, apesar de termos uma noite um tanto agita devido as diversas pessoas que chegavam a todo instante no posto de gasolina e que invariavelmente vinham usar os banheiros passando muito próximo de nossa barraca.
começamos com uma super subida de uns 10 quilômetros com inclinação de 5% o que por si só já exige um constante esforço no pedal e ainda maior devido o constante vento que soprava contra nossa direção. 
Ao chegarmos no topo já pudemos avistar um belo lago, e logo despencamos em direção a este. A estrada veio contornado um do lados do lago e distanciando um pouco da margem impedindo que nós nos aproximássemos da água. Paramos em um ponto de recuo onde pudemos fazer nosso lanche com uma bela vista para o lago. 






Quando já nos preparávamos para sair surge um grupo de ciclistas, que passam por nós sem muito interesse, mas logo atrás chega um ciclista solitário, o Kutay , residente de Konya , ele estava ali fazendo seu pedal matinal e parou para conversar.
Rapidamente veio o convite, disse que gostaria de nos oferecer um Çai  em um lugar especial logo mais a frente. Topamos o convite e seguimos pedalando juntos até alcançarmos um ponto alto a montanha que abriga um mirante com espetacular vista de toda a cidade de Konya. Lá encontramos os amidos do Kutay reunidos em uma mesa, exatamente como fazemos quando estamos em nossa casa, saiamos aos domingos para pedalar e depois confraternizar com os amigos. A unica diferença é que costumamos tomar cerveja gelada, e na turquia se toma Chá e quente...inusitado.  



Kutay (ciclista de Konya)


Amigos de Kutay - descanso após pedal



Nos despedimos seguimos para Konya ,⏩visite konia  uma cidade grande e moderna . Conseguimos um excelente hotel bem no centro e resolvemos tirar um dia de folga nesta cidade.
Aproveitamos bem nosso tempo de folga, descansando e reorganizando nossos planos para o fim da nossa jornada na Turquia.
Visitamos o Museu Mevlana  e mesquitas, e aqui é onde se pode ver a tradicional dança dos "devirshes" .⏩Dervixe





Devirshes



mulher Muçulmana





Mevlana Museu


interior da mesquita


mevlana museu

Entre diversas opções de restaurantes escolhemos um que agradou pela simplicidade e com aparência muito boa, sentamos pedimos caftas com pimentos e yogurty e Ayran que já fazia parte do nosso cardápio em lugar da cerveja . Enquanto esperávamos percebemos que dois senhores da mesa ao lado nos observavam, e não demorou para começar a conversa. Conhecemos o Mahamed um turco falando francês, que se impressionou com a nossa quase comunicação em francês , o que nos rendeu um convite para tomarmos um Çay em dos locais mais tradicionais da cidade.


Mahamed e amigo




Basicamente foi aqui em Konya que definimos a data de nosso retorno para o Brasil. Estamos no dia 26 de agosto e nosso voo sera dia 6 de setembro partindo de Istambul  e não mais de Ancara como inicialmente pensávamos.
Agora que definimos o roteiro para concluir a cicloviagem, temos que chegar em Nevsehir e de lá seguir de  ônibus até Istambul .

Como veremos a seguir  , os próximos dias foram repletos de novidades e intensos, nos permitindo tirar o máximo de proveito do tempo que nos restava de viagem.


Sultanhani

Partindo de Konya tivemos o dia mais longo até então, foram 103 km até Sultanhani, começamos bem pois estávamos em um bom hotel e o café da manhã já foi um empurrão para o inicio da jornada. Inicialmente planejávamos pedalar 65 km e parar, mas o ritmo estava bom e ao meio  dia já tínhamos pedalado 70 km. Paramos para almoçar em um bom local e que ficamos umas duas horas descansando, nos dando folego e energia para continuar.   


a estrada
rebanho de ovelhas


parada para almoço

parada para almoço

venda de cereais na estrada

Mais 10 km e encontramos uma bela mesquita e paramos para fotografar. neste momento surgem os irmãos Fahrigag e Yusuf  que vem conversar em turco. Não falavam nada a não ser turco, então recorremos ao Goolge e começamos a nos entender , até irmos sentar e tomar um Çay oferecido por eles. Impressionante  é dizer que ficamos uns 40 minutos proseando e parecíamos velhos amigos. Até hoje,  quase todo semana recebo mensagem do Fahridag perguntado se estamos bem, passando fotos familiares e de pratos típicos  por ele preparados. 




troca de mensagens em Turco


Seguimos viagem e o primeiro problema técnico da viagem surgiu, eram dois raios da minha roda traseira quebrados. Faltavam 4 km para chegarmos em Sultanhani surge um lindo hotel , 4 estrelas , na margem direita da pista . Considerando o meu problema resolvemos arriscar e perguntar o preço da pernoite. Puxa , fora do padrão esperado, mas quando eu disse ser muito para nós aparece um cidadão e me questiona quanto eu gostaria de pagar. Eu resisti dizendo que seria muito fora e preferia procurar outro local. O rapaz insistiu então eu disse 150 liras {22,8 euros},Uai.....o recepcionista abaixou a cabeça como se dissesse que não tinha jeito mas o rapas, devia ser o dono , autorizou e lá fomos nos no quatro estrelas a preço de pensão.





Enquanto a regina desfrutava do super quarto, eu peguei a bicicleta sem os alforges e fui até a cidade para tentar arrumar os raios quebrados. Logo na entrada da cidade encontrei um motociclista , o Tahir ,  e perguntei sobre uma oficina de bike. Ele pediu  para segui-lo até uma bicicletaria. Lá eles não tinham o raio, então ele me apresentou o sr Mustafa pai dele, que me levou até outra oficina que resolveram o problema. Saindo de lá fui até o camping da cidade e chegando lá a surpresa,  é que Thair era o dono do Campíng e acabamos fazendo amizade e ele me convidou para vir na manhã seguinte visitar a estalagem,sultanhani   caravancerai .
bicicletaria
Mustafa

Tahir Özturk
⏩Sultanhani   caravancerai  é uma das atrações turísticas mais importantes da Anatólia central, foi construído em 1229  quando  Aksaray  era uma parada importante ao longo da Rota da Seda que atravessava a Anatólia. O portão de entrada monumental era de mármore e ricamente esculpido. Há uma pequena mesquita no meio do pátio que foi usada pelos viajantes para orar.  Existem inúmeros caravançarais na região, mas este é realmente impressionante.







mesquita em Sultanhani


Nosso amigo Thair nos deu varias dicas sobre a região que iriamos entrar, sugerindo os locais que eram imprescindíveis de se visitar. Assim, como nossa rota esta flexível pudemos fazer o roteiro baseado  em suas orientações.




Tahir Öztürk



Aksaray

Depois da demorada e tranquila vista a estalagem, seguimos com destino a Aksaray, foram 51 km percorridos em boa estrada mas com muito vento contra o que dificultou o trajeto, fazendo parecer mais difícil que o dia anterior em que pelamos mais de 100 km.




Aksaray

Güzelyurt

Seguimos agora a rota sugerida pelo Tahir, e fomos em direção a Güzelyurt  faz parte da programação da maioria dos turistas que visitam a Capadócia .
Saímos da  estrada principal e entramos em estradas vicinais mergulhando em um território bem diferente do qual vinhamos até agora. As formações rochosas da Capadócia impressionam e nos envolvem  na paisagem fazendo que o pedal seja deslumbrante o tempo todo, mesmo tendo que encarar enormes subidas.







Selime / Ihlara / Güzelyurt

Depois de pouco mais de 20 km chegamos em Selime onde começamos nossa exploração, entrando em vilas e conhecendo de perto as formações esculpidas nas rochas que serviram e servem de habitação. Aqui começa o Ihlara Valley também conhecido como cinturão verde , é uma garganta com 16 km de comprimento, escavada na rocha vulcânica pelo rio Melendiz . Uma curiosidade é saber que devido à abundância de água e de esconderijos naturais, a região foi um dos primeiros refúgios dos cristãos que fugiam às perseguições romanas.
Por falta de informação precisa , nós não nos arriscamos a atravessar o cinturão com as bicicletas e acabamos contornado o mesmo , passando por Ihlara e chegando em  até Güzelyurt .












Güzelyurt é um dos locais históricos importantes da Capadócia. Como o resto da região, teve um papel importante na história do Cristianismo, tem mais de 50 igrejas bizantinas escavadas na rocha e quatro cidades subterrâneas abertas ao público.




Aqui em Güzelyurt ficamos hospedados em uma pensão peculiar, escavada na pedra, com uma arquitetura secular e tradicional. Nossa anfitriã Günay Gök e seu filho Yakup foram extremante gentis e ao final ofereceram um excelente  café da manhã que não fazia parte da diária.     






Gaziemir / Derinkuyu  

Partimos com destino a Derinkuyu ,notável pela sua grande cidade subterrânea, que é a principal atração turística local. Na Capadócia estão localizadas diversas outras cidades subterrâneas, esculpidas de uma única formação geológica e utilizadas extensivamente pelos primeiros cristãos como esconderijos.








Antes de chagarmos em Delinkuyu fizemos um desvio e fomos visitar  Gaziemir  uma cidade subterrânea descoberta apenas em 2006  e aberta ao publico para visitação em 2007.


Gaziemir













A Cidade subterrânea de Deninkuyu possui, pelo menos, oito níveis de profundidade e 85 metros, e poderia ter abrigado milhares de pessoas
















Nevsehir

Quase reta final, seguimos para Goreme , o ponto turístico mais visitado da Capadócia.  Passamos em Nevsehir, hoje moderna mas que guarda muita história por conta das inúmeras habitações trogloditas e cidades subterrâneas que existentes  em seus arredores.

Aqui  antes de seguir para Goreme , fomos até a rodoviária e compramos a passagem para Istambul ( 140 liras p/p {21,2 euros}) , uma precaução necessária visto não existir muitas linhas disponíveis para o trajeto. 

.


 





Üçhisar

Antes de  chegarmos em Goreme  passamos por Uçhisar que fica na parte alta , conhecida com " tres fortalezas "  é uma é uma das localidades mais típicas da Capadócia, com o seu casario confundindo-se com a paisagem rochosa tão característica da região.

vista panorâmica - Goreme ao Fundo

castelo Üçhizar

castelo Üçhizar




posto  até  Goreme


Goreme


A chegada em Goreme é alucinante, um visual tipico de ficção cientifica, onde se vê as  Chaminés de Fadas , cones de rocha vulcânica e calcária frequentemente coroados com um grande "chapéu". 


chaminés de Fadas






Aqui encontra-se o Parque Nacional de Goreme  que abriga diversas atrações entre as quais a principal é o O Museu ao Ar Livre de Göreme ,o coração do Parque, situado muito perto da vila e é  praticamente obrigatório no roteiro de todos os turistas que vem a  Capadócia . Assim como este , outro item obrigatório é o Voo de Balão, conhecido  mundialmente com um dos lugares mais empolgantes para esta atividade. 

A menos de um quilometro do centro nos instalamos no Camping Panorama , em uma localização privilegiada para podermos observar a cidade do alto. A escolha do Camping foi justamente para que pudéssemos observar a subida dos Balões na madrugada do dia Seguinte.  





Camping Panorama

Depois de termos acordado as 5 horas da manha para ver os Balões , fomos de bike para Goreme  e lá visitamos o parque nacional   em especial  o Museu a Céu Aberto  
















 















Depois de um dia intenso, voltamos para o Camping onde conhecemos um casal de Kayseri que é uma grande cidade industrial rodeada de planícies verdes e férteis,  que fica pouco mais de 50 km de Goreme. Era inicialmente nosso ponto final de viagem , porem mudamos os planos visando explorar mais a região de Goreme.


Um dos dias mais esperados era o voo de balão sobre as montanhas da Capadócia. Diferentemente do que ouvimos de diversas pessoas e principalmente das agencias de turismo, pudemos adquirir o ingresso para o voo sem compra antecipada, e alem de tudo pagamos 20% menos do valor que era oferecido. Pouco antes de chegarmos no camping paramos em uma empresa e lá pegamos a informação onde nos ofereceram voo por 160 euros por pessoa e não 200 euros, como estavam informando as agencias, e teríamos disponibilidade para voar já no dia seguinte. Não fechamos na hora e preferimos chegar no camping pois nosso amigo de Tahir de  Sultanhani  havia pré reservado com o proprietário do Camping Panorama e nós teríamos que confirmar se estava tudo certo antes de assumir com outra empresa. 
Tudo  mais que certo , as 4 horas da manhã a pick up da empresa airkapadokya  veio nos pegar na porta do Camping e nos conduziu até um hotel onde serviram um simples café da manhã antes de seguirmos até o ponto de decolagem. 
Não temos muito a dizer , basta mostrar umas fotos e garantir que a emoção de ver o nascer do sol  por entre as montanhas e poder desfilar sobre aquela imensidão de rochas esculpidas pelo vento não tem preço, portanto se você for a Capadócia tem que reservar a verba para esse passeio pois se não o fizer você não foi para a Capadócia.





















Zelve

Terminamos o voo por volta das 7:30 hs, então voltamos para o camping , tomamos nosso cafe da manhã mais reforçado e levantamos acampamento. 
Nesse dia a programação também foi intensa, pois fomos explorar a região fazendo um contorno passando por Zelve , onde também tem um Museu a céu aberto e as Chamines de Fadas  , estas ultimas com visitação gratuita.













Avanos

Chegamos em  Avanos  , fizemos um breve almoço bem tipico, pide , e fomos visitar o museu da cerâmica , guraymuze.


guraymuze







Quando visitamos o museu de cerâmica nos informaram que poderíamos conhecer uma fabrica de tapetes, a Imperial Carpets , que esta bem próximo dali.

Lá fomos , entramos no pátio e fomos recebido por um sr simpático falando português. Que maravilha, ele nos colocou para dentro da fabrica e destacou um sr Português para nos apresentar a fabrica. Passamos por diversos setores de confecção e ao final veio a surpresa: Como todo bom comerciante eles tentaram nos vender um tapete, mesmo vendo que estávamos de bicicleta fizeram um enorme esforço para realizar uma venda.  A visita terminou depois que já haviam nos mostrado mais de 10 tapetes ,todos acima de 2.000 dólares , e eu definitivamente deixei claro que era impossível essa aquisição.










Nevsehir

Terminado a visita seguimos para nosso destino final, Nevsehir, onde pernoitamos para no dia seguinte seguir viagem para istambul.
Chegando em  Nevsehir  
Nevsehir- Uçhizar- Goreme- Zelve- Avanos


Hoje dia 03 de setembro tivemos o dia livre, e nos preparamos para partir , as 20 hs , de ônibus rumo a Istambul. Pagamos uma taxa adicional de 50 liras p/b{7,6 euros}  para embarcar as bicicletas e fomos informados que não era necessário embalar , mas por precaução resolvemos dar um banho nas magrelas. 


lavando as bikes para embarcar

Depois de percorrer um trajeto de 15 quilometros, desde o Hotel, chegamos na Rodoviária e com pequeno atraso seguimos a viagem de mais de 750 quilômetros até Istambul.

Onibus de Nevsehir para Istambus

Istambul


Chegamos as 7:30 hs na rodoviária , montamos as Bikes e saímos em direção a região do aeroporto Ataturk ( leia ao final o que aconteceu aqui ) . Selecionamos  alguns hotéis  e começamos a via sacra afim de conseguir um bom hotel  próximo do aeroporto. Depois e 15 quilômetros encontramos o Orange Airport .




A cicloviagem termina no aqui, depois de 1635 km , 34 dias na turquia, completando um total de 6547 km pedalados em 122 dias  e podemos dizer que já estamos com saudades  da rotina da cicloviagem, uma rotina que preenche nosso tempo com muitas informações  trazendo conhecimento e experiencias e acho que só quem viaja de bicicleta consegue se  entender. É por isso que já estamos planejando a próxima cicloviagem e assim o faremos enquanto Deus permitir.



trajeto Turquia





Rotas no  Maps My

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Ürkmez a Yenidogan

Yenidogan a Nevsehir



veja DESPESAS  / POR DIA / POR PESSOA↘↘



não contempla Aéreo

veja distâncias e hospedagens (Casal)  , dia a dia ↘↘


1635 Km ,  média  56 Km dia  ( 33 dias com 29 de pedal )
Desp Hospedagem , média 25,00 euros / casal ( 3 campings , 30 hospedagem )
( o dia  05/09 não foi considerado na planilha - dia extra em Istambul  ) 




Esta foi  a etapa TURQUIA  ( 03/08 A 05/09 de  2019) de uma cicloviagem que durou quatro meses, em que percorremos 6500 km de bicicleta, passando por 11 países e dois continentes.


🔂  veja etapa 1 
Nantes a Basiléia

🔂  veja etapa 2
Basiléia a Budapeste 

🔂  veja etapa 3
Budapeste a Constanta


fotos e filmes poderão ser vistos também no instagran (@queropedalar), facebook (queropedalarcicloviagens) e youtube (canal regina stella e canal queropedalar)

Caso queira informações e dicas,  melhor contato email cstella@uol.com.br






🔺
isso é uma dica de prevenção ↘

O final destas cicloviagem teve um desfecho empolgante e ao mesmo tempo assustador.
Nosso problema começa com a Hospedagem , lembre-se do Hotel Orange Airport .

Primeiro , antes de nos hospedar perguntamos se estávamos realmente próximos do Aeroporto e se teríamos facilidade de acesso com as Bicicletas. 
- Sim , estão próximos e não vão gastar nem 10 minutos para chegar .
- Ótimo, então este é o local ideal.( isso vamos ver daqui a pouco )

Segundo, realizamos o pagamento da primeira diária com nosso cartão , 200 liras, e combinamos que a segunda diária seria paga no dia seguinte.
- Sem problemas.

Terceiro, quando fomos pagar a segunda diária, 200 liras, o saldo do cartão era insuficiente 
- puxa não pode ser, tenho pelo menos 1000 liras de saldo 
- passamos novamente o cartão com 150 liras e deu certo, ai completamos em espécie.
- algo está errado, temos que verificar.

Quarto , levantamos o extrato do cartão e conseguimos detectar um erro na cobrança, haviam sido descontados US$ 200,00 e não 200 liras no primeiro dia.
- uma diferença de 150 euros  cobradas a mais.
- isso resultou em uma enorme discussão em que até ameaçamos de ir a polícia .
- Foi resolvido porém fixou claro para nós que houve má fé .

quinto, Depois do estresse ocorrido com o pagamento chegou a hora de partir.
- com bastante antecedência saímos em direção ao aeroporto , e depois de 15 minutos estávamos lá.
- surpresa , o aeroporto estava fechado, sim fechado e inoperante há mais de três meses .
- fomos enganados novamente pelo recepcionista do hotel, ele nos deu informação errada e tinha absoluto conhecimento que estávamos no local errado.
- bateu um desespero, pois o aeroporto correto estava a 45 quilômetros dali, impossível de chegar pedalando a tempo de embarcar.
- por muita sorte, pedalamos 500 mts e encontramos um taxista que por 50 euros nos levou até nosso destino.

Quinto, Moral da história é que durante mais de trinta dias na Turquia tivemos só boas ações e carinho das pessoas em geral, mas infelizmente como em tudo sempre existe a massa podre que sozinha pode contaminar um ambiente , aqui traduzido em apreço e confiança.
- mas apesar deste incidente , mantemos nossa agradecimento a todas as pessoas que nos receberam e nos acolheram nesta cicloviagem.





"taxistas que salvaram nossa pele"









Ufa, falta pouco 


só faltas as bicicletas - vamos para casa










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