2019 - CICLOVIAGEM EUROVELO 6 - etapa 3 - Budapeste a Constanta



A terceira etapa da cicloviagem começa no dia 1 de julho a partir de Budapeste  na Hungria , dia em que resolvemos fazer a última tentativa de reparar a minha bicicleta na  Decathlon . Nos embrenhamos na grande metrópole e percorremos 14 quilômetros vivendo a experiência de pedalar em meio ao transito intenso, entrando em bairros com ruas movimentadas sem ciclovias e desafiando a pouca cultura da população com respeito a bicicleta. Correu tudo bem, exceto que na Decathlon não resolveram o problema por falta de peça, e acabei seguindo viagem sem corrigir o barulho no movimento central .

Seguimos viagem cortando em uma diagonal até alcançarmos novamente a eurovelo6  , quando passamos a pedalar por trilhas de terra pouco sinalizadas até chegaremos em  Tököl onde paramos para o primeiro lanche do dia.  Seguimos mais 18 km em estrada  sem acostamento mas com pouco movimento  até Rackeve onde nos instalamos em um camping .




seguimos a viagem  sempre acompanhando o Rio Danúbio  mesmo que um pouco distante de suas margens, mas basicamente em ciclovias que percorrem sobre os diques de contenção das águas do Danúbio.  Chegamos em Dunapataj e seguimos uns 4 km até o Camping que fica próximo ao  Lago Szelid  onde pudemos nos banhar e descansar  do pedal por umas horas.
Aqui registramos a nossa primeira chateação da viagem com relação a serviços , acontece que no restaurante que almoçamos descobrimos uma prática que iria se repetir daqui para frente. Ocorre que o cardápio apresenta as opções com seus respectivos preços, e sem que você perceba está pedindo um prato que na verdade será cobrado em dobro. Isso mesmo, eles usam de uma artimanha que apresentam os preços por cada 100 gramas, só que ao pedir o prato lhe servem no minimo 200 gramas, isso ocorre até mesmo em copos de suco e chopp. Resumindo, deve tomar muito cuidado ao solicitar a refeição, pois como ocorreu para nós a conta ficou mais que o dobro do previsto.





Seguimos até Baja, por caminhos agradáveis, com ciclovias e cercados de plantações de milho e girassol.
Uns 20 km antes  de chagramos em  Baja  deparamos com um sitio de esculturas em madeira chamado magyar-zarandokut , um lugar mistico que faz parte da rota de peregrinação húngara.  
A rota passa por locais sagrados especiais, preservando lendas e tradições antigas.  






Em Baja ficamos em um Hotel e Camping, onde conhecemos um casal de cicloturistas que vinham do sul da Espanha fazendo todo o litoral  já há 8 meses,  sem previsão de retorno ao seus lares.
Tivemos a Honra de sermos presenteados ,por eles, com o guia bikeline Donau-Radweg 5 que foi fundamental para nossa viagem de Budapeste até Constanta , recomendamos que tenham um deste .



de Baja , partimos  em baixo de chuva e chegamos em Mohács famosa por ter protagonizado duas importantes batalhas  que representaram o começo e o fim do dominio do império Otomano ,Batalha de Mohács de 1526   e  Batalha de Mohács  de 1687.
Aqui pudemos visitar o templo com homenagens a Perênyi_Ferenc  sumo sacerdote católico que teve  influência na batalha de 1526 , morrendo heroicamente ao defender o recuo das tropas da Hungria.



em Mohács encontramos o cicloturista alemâo que viajava sozinho e estivemos juntos por três ou quatro vezes durante o trajeto.






de Mohács foram pouco mais de 10 quilometros até chegarmos em Udvar , ultima cidade da Hungria onde carimbamos a saída em nossos passaportes. 

Chegamos na  Croácia , atravessamos a fronteira e logo veio um momento de muita emoção, pois estávamos na terra natal de um grande amigo que infelizmente adoeceu e nos deixou no começo deste ano. O Nicola Petris, carinhosamente sempre o chamamos de Nika ,mudou-se para o Brasil ainda criança retornado  aqui somente 60 anos depois. Tivemos o privilégio de te-lo como amigo e ainda poder ouvir suas histórias do reencontro com seu País e familiares , isso nos motivou passar por aqui.
Nika
Percorremos apenas uns 180 quilometros em território Croata, em caminhos interessantes com muitas ruínas, casas antigas, cemitérios ao longo das estradas,vários campos de plantação de girassol fazendo  um ambiente tranquilo para se pedalar e basicamente em estradas sem acostamento ou ruas das pequenas cidades que passamos.












Nossa rota passa por  Osijek que é  quarta maior cidade da Croácia , onde pudemos ver um lado mais desenvolvido e em crescimento mas guardando vestígios  Históricos ( As origens da habitação humana de Osijek datam de tempos Neolíticos, com os primeiros habitantes conhecidos que pertencem às tribos ilírios ). 



Por fim após um caminho difícil com muitas subidas chegamos em Ilok na Fronteira com a Sérvia, passamos na Aduana e atravessamos o Danúbio para chegar Backa Palanka já na Sérvia





Na Sérvia  começamos em estradas bem ruins, também sem acostamento , e depois de 30 quilometros uma ciclovia mas muito cheia de lombadas e irregularidades só que ainda era a melhor opção visto que já estávamos na zona urbana de Novi_Sad  que é a segunda maior cidade da Sérvia ,  ficando depois de  Belgrado .





Saindo de Novi_Sad tivemos que encarar uma dura subida , recompensada no final por uma banca de frutas na qual fomos explorados devida a falta de dinheiro Sérvio, pagamos em euros e ai a dona da barraca se aproveitou e cobrou uma taxa extra na conversão. Neste ponto uma mesquita chamou atenção pela seu reluzente acabamento.




Ficamos em um pequeno vilarejo em um Camping My Memento Rooms And camping muito aconchegante  cujos donos foram super gentis e receptivos. Logo que chegamos o sr Dradan esposo da Jasna nos ofereceu, em meio as conversas,  uma cachaça local,  frutas, uma sopa de feijão tipica da região e finalmente um imã de geladeira como lembrança.
Jasna Paulovic- Camping My Mememto

Camping My Memento
Até Belgrado contiuamos em estradas ruins e agora com mais movimento, 80 quilômetros com poucos atrativos no caminho , e a ciclovia aparece junto com a zona urbana nos levando até o centro. Como toda cidade grande , muito movimento e pouco espaço para as bicicletas que aqui também não tem vez. 
a caminho de Belgrado

rota budapeste a belgrado
Fizemos a a reserva em um quarto de hotel pelo Airbnb , estava em uma ótima promoção , porém no meio do caminho vimos que haviam cancelado nossa reserva, mesmo assim fomos no local e lá tentamos resolver mas nos ofereceram uma apartamento muito ruim e preferimos procurar outro lugar.  Logo bateu o arrependimento, pois não encontrávamos nada disponível. Depois de varias pesquisas achamos um local razoável perto do centro e lá nos instalamos. 
O dia seguinte tiramos de folga, e fomos vistar  Belgrado que é a capital da Sérvia.
Alguns dos pontos mais turísticos são a Skadarlija ou Rua Skadarska que é o antigo canto boêmio de Belgrado, Kalemegdan que refere-se região abrangida pelo parque e a própria fortaleza, o Templo de São Sava, a Catedral de São Marcos, o museu de  Nikola Tesla  entre outros.















Nikola Tesla

Depois de um dia de "folga" , partimos de  Belgrado , para  chegar em  Bregovo na Bulgaria ,  foram  430 quilômetros percorridos em seis dias.

Começamos passando por todos os tipos de terrenos, ora com ciclovias , ora em trilhas , em cidades e estradas. As placas de identificação da eurovelo6  eram escassas, de forma a ser imprescindível o mapa e o  GPS para facilitar a locomoção, até que surge a primeira identificação da rota e com um aviso feito exclusivamente aos ciclistas. A mensagem era para os possíveis furos nos pneus, visto a existência de uma semente espinhosa em grande quantidade espalhada pela pista .


Esse aviso já tínhamos recebido de um cicloturista que encontramos no caminho. A valiosa dica foi  para não seguir pela rota da eurovelo6 entre as cidades de Omoljica e Kovin assim alem de reduzir a distancia evitaríamos uma trilha repleta de espinhos. Mesmo evitando o local mais crítico, começou a temporada dos pneus furados, tornou-se uma rotina consertar pneus, e o pior é que geralmente os furam eram bem pequenos e a surpresa sempre vinha depois de uma parada, na hora de sair lá estava o pneu murcho. Perdemos a conta de quantas fezes arrumamos os pneus .



detalhe trecho com espinhos
Na primeira noite ficamos no  cyclo camping em Skorenovac , depois seguimos por caminhos mais rústicos em trilhas e estradas de terra,  passando em Kovin e Stara Palanka onde tivemos que ficar umas duas horas a espera da balsa  para fazer a travessia do Danúbio. 
Neste ponto estamos a pouco mais de um quilômetro da Fronteira com  a Romênia, mas ainda não entraríamos nesse território.
Enquanto aguardávamos a Balsa, ficamos em um restaurante onde mais uma vez confraternizamos com os amigos Franceses, Oliver e Claudie, além dos outros cicloviajantes que também vinham seguindo a mesma rota e acabaram agrupados neste ponto devido a espera obrigatória.

Cyclo Camping


o caminho
Nós ,Oliver e Clody
os cicloviajantes reunidos
Atravessamos o Danúbio e chegando em Pam Ram e depois mais 14 km em estradas e ciclovias chagamos em  Srerbrojerezo ( Silver_Lake_) onde ficamos em um Camping muito ruim, parecia um cemitério de trailers , haviam centenas deles abandonados. A estrutura do camping estava bem mau cuidada, mas apesar disso estava muito bem localizado a beira do  Silver_Lake_, onde há um pequeno comercio com lojinhas e restaurantes que garantiram a nossa distração até irmos dormir.

a ciclovia


o caminho
Restaurante a beira Lago Silver
a partir deste  ponto, começam a surgir diversas placas de sinalização e orientação sobre o caminho, e aqui entramos na parte mais agradável e bonita deste trecho da viagem.


Após cerca de 25km , nos deparamos com a  Fortaleza Golubac   em  Golubac , que marca a entrada do Derdap national park . Ele está estrategicamente localizado na margem do rio Danúbio, onde se estreita para formar o desfiladeiro do Portão de Ferro .  


Fortaleza Golubac 
 Portão de Ferro  é um desfiladeiro no rio Danúbio  que faz parte da fronteira entre a Sérvia (ao sul) e a Romênia(norte). Nesse ponto do Danúbio, o rio separa as montanhas dos Cárpatos, no sul , do sopé noroeste das montanhas dos Balcãs . O lado romeno do desfiladeiro constitui o parque natural de Iron Gates , enquanto a parte sérvia constitui o parque nacional de Đerdap .


Surpresa foi que descobrimos que estávamos pedalando  também na eurovelo13 ,chamada de rota da  'Cortina de Ferro', uma fronteira que se estende do Mar de Barents ao Mar Negro .






estavámos em um do melhores momentos da cicloviagem, e sempre com novidades, inclusive ao descobrirmos que o lugar escolhido para dormir , Lepenski Vir , tratava-se de um centro turístico, um museu arqueológico com uma moderna estrutura  mas com apenas um restaurante disponível para atender os visitantes que geralmente chegavam em grandes excursões.  
Lepenski Vir  é um assentamento da  pré história européia, que data de mais de 8000 anos e que desenvolveu um sistema econômico e sociocultural elaborado O assentamento evidência a transição gradual de um jeito de vida de caçadores-coletores a outro de agricultura mais sendentário, típico do Neolítico.



escultura de Lepensk vir
lepenski-vir
Saimos do Sítio Lepenski Vir  por um caminho alternativo, e nos deparamos com outro atrativo, no caso um Sítio geológico , Boljetinska Reka Gorge  protegido na área do Derdap national park . Formado ao longo de uma falha por incisão do  veio de água , boljetinska reka , nas rochas sedimentadas. A camadas sedimentadas são visíveis no desfiladeiro , depositadas durante 160 a 145 milhões de anos atras quando essa área fazia parte do amplo oceano Tethys





começamos a travessia dos desfiladeiros que nos renderam um bom pedal com pelo menos 19 túneis para serem vencidos , aí precisamos nos equipar com luzes e lanternas pois alguns deles ultrapassaram os 300 mts .A observação de sinalização para ciclistas antes de entrar no túnel mostra certo zelo com nossa segurança.
  
fomos vencendo a subida que logo nos colocou no alto daquele desfiladeiro permitindo que desfrutássemos as mais belas paisagens, e ainda pudemos ver , mesmo que de longe,  atrações muito conhecidas que atraem milhares de turistas visto a importância e significado histórico que detém.



Do outro lada do desfiladeiro, próximo a Dubova em território Romeno, avistamos a Statue_des_Decebalu , que é o rosto de Decabalo construida pelos romenos em 1994, uma estátua com 55 mts de altura esculpida em uma face da rocha .




Entre outras atrações há também a famosa  tabula traiana  que  é a placa de pedra romana com a inscrição latina esculpida situada logo acima do Canyon Djerdap e do Portão de Ferro dedicado ao imperador romano Trajano / Marcus Ulpius Nerva Traianus /. Diz-se que o imperador romano Trajano começou a construir a ponte no ano 103 dC como parte de suas incursões no reino de Dacians, na atual Romênia

Existem diversas companhias de turismo que oferecem passeio de barco pelo Canyon. 
Tabúla Traiana


agora já mais próximos das nas margens do Danúbio, próximo a Novi_Sip um campo com Ruinas Romanas trazem a história bem próximo da gente.

ruinas romanas - Novi Sip

Ruinas Romanas - Novi Sip

Seguimos por caminhos menos estruturados mesmo sendo um trecho congruente das rotas eurovelo 6 e  eurovelo13, com bastante sinalização mas sempre pedalando por estradas comuns, sem transito e sem acostamento.






Chegando em Negotin uma placa nos levou até um Hostel que tem que ser lembrado, pois tivemos uma super acolhida , fomos recepcionados com muito entusiasmo que tornou muito agradável nossa estada.Esta foi a nossa despedia da Sérvia, pois a fronteira  tanto com a Romênia como com a Bulgária estavam a pouco mais de 10 km.





Seguimos rumo a Bulgária, passamos tranquilamente na aduana da Sérvia, e logo em seguida a Aduana Búlgara, onde fomos questionados pelo guarda sobre nossa viagem. Primeiro quis saber nosso destino, depois quanto tempo ficaríamos e quanto tínhamos de dinheiro. Acabei mostrando o nosso projeto de cicloviagem , ai ele pegou os passaportes e entregou para outro guada que repetiu as perguntas e depois levou para a cabine para  fazer o registro de entrada e carimbar .



A entrada  não foi das mais belas, um lugar feio, estrada ruim e casas abandonadas marcaram o inicio do pedal na Bulgária. Da fronteira foram uns 30 km até Vidin uma cidade portuária próxima das fronteiras da Romênia e Servia. Aqui , uma cidade toda em reforma, uma bagunça generalizada, nunca vimos uma cidade com sua pavimentação sendo restaurada em todo o centro de forma tão desordenada, não deu vontade de ficar ali , só trocamos o dinheiro e seguimos viagem por mais uns 30 km, passando pelo pior bairro de todo o caminho. Por fim avistamos o Hotel que procurávamos, situado  em Dobri_dol, no meio do nada, um casarão antigo e só nós de hospedes. Apesar da impressão ruim, fomos muito bem recepcionados e tivemos uma ótima refeição preparada pela sra Lalka a dona do hotel.



jantar

café da manhã

Parimos bem cedo, antes das 700 hs, e encaramos uma subida com 300mts ascensão. Logo chegamos em até Lom , uma pequena cidade ,com alguns traços do  Império Otomano ,cuja fundação data de 1695 e atualmente mostra evidencias de um lugar que já teve seus dias de gloria, vistos as diversas edificações de grande vulto ora abandonadas . Ainda a convivência em ambiente Bulgaro nos mostrou um povo bem amável e  receptivo. 


De  Lom em estradas bem precárias,  pouco antes de Kozloduj  chegamos em um hotel muito grande porém basicamente abandonado. Situdado em meio ha um parque  municipal, traz um monumento em homenagem a Hristo_Botev  revolucionario , escritor e poéta hungaro




Ao longo da  eurovelo6 , em especial nesta parte fronteiriça entre Servia ,Romênia e Bulgária , temos a opção de escolher em qual lado do rio Danúbio vamos viajar e consequentemente em qual  pais estaremos pedalando. 
Fizemos a escolha basicamente observando as melhores possibilidades de acomodação e definimos o nosso roteiro . Assim saímos de Kozloduj  e percorremos mais uns 35 km até as adunadas da Bulgária  e  Romena, esta  anexa a balsa que nos levou até a outra margem do Danúbio já em território Romeno.



na Romênia começa um visual completamente diferente, aqui foram quase 190 quilometro até chegarmos em Giurgiu , onde novamente retornamos para a Bulgária.

Foram três dias , e sempre pedalando em estrada sem acostamento. Em quase toda essa extensão parecia estarmos pedalando em zona urbana visto que ao longo da rodovia existem inúmeras casas e construções,  e na sua maioria abandonadas ou inacabadas. 

Outra peculiaridade é a frequente circulação de carroças, um meio de transporte super comum e usual.
Também deparamos frequentemente com as barracas de frutas, em especial melancia e melões. 












Não podíamos deixar de mencionar o  edelweiss guesthouse  que ficamos em Suhaia. De propriedade de uma família local, onde o Filho , Gabriel , cuida com muito carinho e profissionalismo dos hospedes. Ele oferece um pacote completo com cafe almoço e jantar que vale muito a pena , tem ótima qualidade e capricho , super recomendamos.

Edelweiss Guesthouse

Gabriel, Alexandra e Iordan 
frutas do quintal
Aqui encontramos o casal de irlandeses que estavam fazendo os mesmo roteiro que nós, essa era a terceira ou quarta vez que nos encontrávamos em hospedagens. Viajamos no mesmo ritmo , assim como o casal Franceses que neste trecho estavam seguindo pelo lado da Bulgária.
cicloturistas

Apesar de ficar fora de nossa rota, decidimos que deveríamos visitar Bucareste que é a capital e maior cidade da Roménia . 
Pedalamos 76 km de Suhaia a Giurgiu ,  nos hospedamos e resolvemos ir sem as bikes para Bucareste. Conseguimos uma Van que fazia a linha de hora em hora e encaramos a estrada. Saímos as 1340 e as 1500 hs já estávamos na capital. Começamos a caminhar sentido o Palácio do Parlamento e lá chegamos a tempo de fazer a visita guiada , foi pura sorte . Fizemos a visita simples que durou cerca de 1,5 hs e valeu muito. Vimos um tipo de riqueza até então só comparada aos palácios franceses porém com um tom de modernidade. 
Aqui  nesta passagem vale muito ler sobre Nicolae Ceausescu para conhecer um pouco da história recente que viveu esse pais .

Parlamento

parlamento - int

parlamento - int
parlamento - int

de Volta a Giurgiu, atravessamos novamente a fronteira , e voltamos para a Bulgaria , onde faríamos mais 140 km em território Bulgaro em dois dias até chegarmos em Silistra , a ultima cidade da Bulgária em nosso trajeto.
Forem dois dias pedalando por estradas não muito movimentadas mas sem acostamento e sem muitos atrativos, exceto a paisagem do campo que predominou neste trecho.





Em Silistra reencontro com os franceses  que de agora em diante compartilhamos o resto da cicloviagem , também ,  depois de tantos encontros não programados resolvemos que seguiríamos juntos até o final em Constanta.


aqui estávamos a apenas 105 km de Constanta o destino definido em nosso plano original, porém como chegamos bem antes da data prevista , resolvemos ir pedalando conhecer Delta do Danubio , aumentando em cerca de 320 km a distância ao destino final.( este era um plano "b" que havíamos estudado antes da viagem e seria aplicado dependendo do andamento ).

Quase reta final, agora rumo ao Norte, são 330 km até Tulcea  onde encontramos o Delta do Danubio , um lugar impressionante e conquistado pelo rio Danúbio depois de quase tres mil quilometros percorridos desde a su8a nascente na  Floresta Negra na Alemanhã.

Foram cinco dias, até Tulcea , e esta parte da cicloviagem foi agraciada com um ingrediente novo ; foram os cachorros, coisa que ciclista detesta é um cachorro no calcanhar e isso é o que não faltou por aqui. Tivemos que nos equipar com varinhas para espantar cachorros, eles eram muitos e nervosos, passamos alguns perrengues.


pelo caminho , ruínas romanas como o sitio arqueológico Capidava que está sendo restaurado.


encontramos neste trecho de viagem poucos cicloturistas, além de nós os franceses e os irlandeses , e apenas mais um casal de americanos que também seguiam para Tulcea.


pelo  caminho  ficamos uma noite em harçova  e visitamos as ruinas de Carsium

 





Chegando em Tulcea, nos programamos para fazer o passei de barco pelo  Delta do Danubio  . 
Optamos pelo passeio completo que nos fez atravessar todo o delta até chegarmos no Mar Negro

Existem varias ofertas de passeios diferentes, o completo durouumas 10;00 hs , passando por Letea um pequeno vilarejo onde oferecem o almoço e safari para ver cavalos selvagens, que por sinal foi a maior furada, desde o safári ao almoço nada muito bom ,é uma enganação. Fomos avisados por uma outra empresa desse safari, mas como não tinha diferença no preço, resolvemos ir ver.














agora sim, reta final, só mais 150 km até Constanta , seguimos sempre por estradas sem acostamento e não vimos mais as placas da eurovelo6.




foram dois dias tranquilos ,na companhia dos franceses, acabamos com chave de ouro indo para um  Camping meio improvisado que bem próximo ao centro e das praias. Reservamos um dia para descansar,  ir a praia e providenciar os preparativos da nova etapa da cicloviagem








depois de 4.900 km , superando cerca de 1000 km do planejado, em 1 de agosto de 2019 depois de três meses concluímos a cicloviagem eurovelo 6 ,  trazendo na memória muitas lembranças dos lugares e pessoas com quem convivemos.
a experiencia desta cicloviagem acrescentou principalmente a interação que tivemos com diversas culturas e povos , cada um com suas peculiaridades e tradições mas em todos os lugares não temos dúvida de que a bicicleta é o cartão de visita que nos abre as portas e facilita nossa interação com todas as pessoas.

Como relatamos no inicio da primeira etapa, esta cicloviagem teve um planejamento básico e sem muitas pretensões , assim saímos do Brasil apenas com passagem de ida deixando para decidir o retorno de acordo com o andar da carruagem . 

Uma semana antes de chegarmos no destino final previsto , Constanta no Mar Negro, resolvemos que iriamos continuar pedalando, então definimos como novo destino a Turquia

Observando as cicloviagens dos amigos Olinto e Rafaela ,  e Thiago e Flavia ,  definimos um roteiro que iria demandar cerca de trinta dias. Compramos passagem de ônibus para Istambul e partimos para mais uma aventura que contaremos a seguir.



Rotas no Maps My    

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Giurgio a Constanta



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Não contempla Aéreo



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1901 Km , 70 km dia  ( 33 dias com 27 pedaldos)
Desp. Hospedagem , média dia  24,80 euros /casal ( 6 dias Camping , 27 hospedagem )  



Esta foi  a terceira  etapa ( 01 de julho a 01 de agosto 2019) de uma cicloviagem que durou quatro meses, em que percorremos 6500 km de bicicleta, passando por 11 países e dois continentes.

🔂 veja etapa 1
Nantes a Basiléia

🔂 veja etapa 2

Basiléia a Budapeste 

🔂 veja Turquia
⏩  Turquia


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